O dólar fechou a quarta-feira (6) em alta de 0,22%, a R$ 5,22, depois de atingir a máxima de R$ 5,2207 no dia. A moeda americana subiu após dados de criação de empregos nos Estados Unidos que superaram as expectativas do mercado.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o país criou 372 mil empregos em setembro, acima dos 200 mil esperados pelos analistas. O número de desempregados caiu para 3,9%, o menor nível desde novembro de 2020.
O resultado do mercado de trabalho americano reforçou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) continuará a subir os juros para conter a inflação. As projeções do mercado são de que o Fed aumente os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de novembro.
No Brasil, o mercado também reagiu aos dados de inflação do país. O IPCA-15, que mede a inflação no período de 15 de setembro a 15 de outubro, subiu 0,89%, acima dos 0,71% esperados pelos analistas.
O resultado do IPCA-15 reforça as expectativas de que o Banco Central (BC) continuará a subir a taxa Selic. A próxima reunião do BC será realizada no dia 2 de novembro.
Com a alta do dólar, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em queda de 0,94%, aos 110.897 pontos.
O que esperar para o dólar nos próximos dias?
Os dados de criação de empregos nos Estados Unidos reforçam as expectativas de que o Fed continuará a subir os juros. Isso tende a fortalecer o dólar em relação às demais moedas, incluindo o real.
No Brasil, o mercado também está atento ao resultado da eleição presidencial. A vitória de um candidato de esquerda pode levar a uma apreciação do real, pois esses candidatos costumam adotar políticas mais expansionistas.
No entanto, é importante ressaltar que o dólar é uma moeda volátil e seu comportamento pode ser influenciado por uma série de fatores, incluindo a guerra na Ucrânia, a pandemia de Covid-19 e as condições econômicas globais.