Economista do Dieese Analisa Crescimento de Empregos no Rio Grande do Sul e Reflexos da Economia Brasileira - Giro Finanças

O estado do Rio Grande do Sul registrou um saldo positivo de 53.315 postos de trabalho no primeiro semestre de 2023, uma notícia considerada positiva pelo governo estadual. O crescimento do emprego formal é atribuído, em grande parte, à reorganização da economia brasileira em curso. A economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lúcia Garcia, avalia que o cenário econômico nacional é o principal impulsionador desse crescimento.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, indicam que o saldo positivo foi resultado das 763.996 admissões e das 710.681 demissões ocorridas no estado entre janeiro e junho.

Lúcia Garcia observa que os setores da indústria e de serviços apresentaram crescimento, enquanto a construção civil teve uma participação menor e a agricultura registrou saldo negativo. Para o segundo semestre, a contratação de safristas deve impulsionar a criação de postos de trabalho no estado, embora a participação de assalariados nesse setor seja menor em relação ao restante do país.

A economista destaca que o crescimento positivo do semestre pode ser atribuído a uma reorganização da economia brasileira nos primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, ela ressalta que as autoridades estaduais do Rio Grande do Sul estão transferindo para o desempenho nacional os determinantes da economia local.

Lúcia Garcia aponta desafios que podem afetar o crescimento futuro, como a alta taxa de juros, que inibe investimentos e prejudica a economia, além da incerteza em relação ao arcabouço fiscal. Ela também destaca a importância da reforma tributária e a necessidade de conciliação entre os interesses dos empresários e dos trabalhadores.

A economista critica a gestão conservadora do estado do Rio Grande do Sul, que ela considera pouco favorável ao emprego público e industrial. Ela sugere ações como compras públicas que favoreçam pequenos produtores locais para manter empregos e estruturas públicas. Além disso, a mudança no perfil do comércio, com o crescimento das compras online, também é apontada como um fator que requer atenção e adaptação.

Lúcia Garcia enfatiza a importância de uma visão de futuro que considere as mudanças econômicas em curso e reorganize a produção de forma adequada para enfrentar os desafios que se apresentam.

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By Redação

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