Nos primeiros seis meses de 2023, o Brasil criou mais de um milhão de empregos com carteira assinada. Entre janeiro e junho, foram realizadas 11,9 milhões de contratações e 10,8 milhões de demissões, resultando em um saldo positivo de 1,02 milhão de empregos formais.
Isso elevou o total de pessoas empregadas no mercado formal para 43,4 milhões, o maior número já registrado na série histórica que abrange tanto o período do Caged (de junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).
Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 27 de julho. No mês de junho, o saldo foi de 157 mil postos de trabalho formais, com variação positiva em 24 dos 27 estados brasileiros e nas cinco regiões do país. Durante esse mês, foram realizadas 1,91 milhão de admissões e 1,75 milhão de demissões.
Ao observar os últimos 12 meses, o saldo positivo é de 1,6 milhão de vagas criadas. Portanto, 62,5% dos empregos gerados nesse período ocorreram em 2023.
No mês de junho, o setor de Serviços apresentou o maior crescimento no emprego, com um saldo de 76,4 mil postos formais. Destaque para a área de “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, que contribuiu com 40 mil postos. A Agropecuária foi o segundo maior gerador de empregos no mês, com 27,1 mil vagas criadas, impulsionadas pelo cultivo de laranja, especialmente no estado de São Paulo, e pela produção de soja.
A Construção Civil veio em seguida, gerando 20,9 mil postos, com ênfase em obras de infraestrutura, seguida pelo setor do Comércio, com saldo de 20,5 mil postos. A Indústria também contribuiu, gerando 12,1 mil vagas com carteira assinada no mês.
Na análise regional, a região Sudeste lidera em número de vagas formais criadas em junho, totalizando 76 mil. São Paulo (36,4 mil empregos formais), Minas Gerais (25,5 mil) e Rio de Janeiro (13,4 mil) foram os estados com maior variação positiva no mês. Considerando os seis primeiros meses do ano, a região Sudeste apresenta um saldo de 525 mil empregos, representando mais da metade das vagas formais criadas no país.
O Nordeste registrou 33,6 mil vagas de saldo, impulsionado por Bahia (8,3 mil), Ceará (6,5 mil) e Pernambuco (5,3 mil). No Centro-Oeste, o saldo positivo em junho foi de 21,5 mil vagas, sendo que 10,6 mil foram registradas em Mato Grosso. No Sul, foram criadas 9,5 mil vagas de saldo, com destaque para o Paraná, com 7,8 mil vagas. Na Região Norte, o acumulado foi de 14 mil novas vagas, com quase metade delas no Pará (6,8 mil).